sábado, dezembro 15, 2012

Escrita Para Todos - Correção de fluxo em Pedro Leopoldo (MG)



Em parceria com o Instituto Camargo Correa e a Secretaria Municipal de Educação de Pedro Leopoldo - (MG) realizamos  em 2012 o projeto Escrita para Todos para correção de fluxo.  As professoras e as crianças conseguiram excelentes resultados, utilizando O Meu Caderno de Estudos.

Veja abaixo algumas páginas.










segunda-feira, dezembro 03, 2012

Textos de Elvira Souza Lima - patrocínio do CEPAOS




O CEPAOS  (www.cepaos.org) está patrocinando a venda de três títulos de Elvira Souza Lima, das coleções de textos para educadores, a preços reduzidos. São eles:

A Criança Pequenas e Suas Linguagens
Diversidade e Aprendizagem
Diversidade na Sala de Aula

Os três títulos estão sendo vendidos ao preço de R$30,00 ( trinta reais) por conjunto, preço que inclui o envio por correio registrado simples. O pagamento é feito por depósito bancário. As pessoas interessadas devem enviar uma mensagem para cepaos.org@gmail.com.



sexta-feira, novembro 16, 2012

Formação de Professores – Neurociência

Cássia A. José Oliveira 
Rosane Callegari 
Rosilene Moutinho Arriola






PROFESSORAS AUTORAS :  O texto abaixo foi escrito pela Cassia, Rosane e Rosilene, participantes assíduas em nossos grupos de estudo.  É  importante escrever, criar memória do conhecimento pedagógico e das reflexões. Enfatizo sempre a necessidade de que o professor escreva tanto para si mesmo, fator de desenvolvimento profissional e pessoal, como para partilhar com os profissionais de educação.     Aproveitem!! 

Elvira Souza Lima


Ser pedagogo (a) é ter um grande desafio pela frente, é tratar do ensino para a formação das novas gerações! Quem trabalha com educação precisa estar constantemente atento à formação, pois ela é contínua ao longo da carreira profissional. O momento atual e todas as suas demandas clamam por profissionais de ensino que sejam competentes em sua prática educativa para que favoreçam efetivamente as aprendizagens dos educandos, tanto cognitivas, quanto sociais e afetivas. O olhar para a Educação, para as famílias e, principalmente, para os alunos, necessita, cada vez mais, de refinamento e de diversas óticas. A neurociência é uma dessas lentes fundamentais que lançamos mão em nossa prática pedagógica para torná-la mais clara. Conhecer e levar em consideração o desenvolvimento do cérebro é fundamental, pois a aprendizagem dos conhecimentos escolares acontece em função do desenvolvimento e funcionamento deste órgão.

Pesquisar e estudar sobre a neurociência, nos grupos de estudos, orientados pela Elvira de Souza Lima, tem nos ajudado a compreender como o cérebro humano funciona e, portanto, aprende, dando-nos uma possibilidade maior de alinhar a nossa docência aos processos mentais em cada fase do desenvolvimento, tornando a nossa ação mais eficiente. Como pano de fundo, estamos estudando a biologia e a sua relação com a aprendizagem, ou seja, o que é próprio do desenvolvimento da espécie e o que culturalmente pode ser ensinado atrelado a esse desenvolvimento.

O que é ensinado é cultural e tudo o que é cultural sofre perdas e ganhos, dependendo da nossa atuação. Nesse sentido, as nossas intervenções devem ser sistemáticas, com muitas reincidências para que a aprendizagem passe da memória de curto prazo para a memória de longa duração. Somente assim ela se solidifica e pode ser usada em diversas situações, num processo de relações e de transferências. É assim que os neurônios fazem sinapses, criam novas redes, tornando os conhecimentos significativos e aumentando a nossa capacidade de aprender.

Se o conhecimento não foi trabalhado no momento adequado ou não foi revisitado o suficiente não se formará a memória de longo prazo, parecendo até que os alunos nunca visitaram aquele conteúdo. Como mágica, eles desaparecem!

Na Educação Infantil, o foco de estudo tem sido o desenvolvimento das estruturas de pensamento e o quanto o trabalho com a socialização, com a função simbólica, com o movimento, com o espaço, com os sentidos, com a observação, a atenção, a memória, a imaginação, a criatividade, a geometria, a música e as artes são fundamentais.

Para as professoras de 1° e 2° Anos, os estudos dão continuidade aos aspectos anteriores, mas privilegiam reflexões sobre a escrita, a leitura e a Matemática, que são desdobramentos da função simbólica, pois envolvem a elaboração de sistemas simbólicos, ou seja, dar significado ao que antes não tinha. 

Para a alfabetização e a sua consolidação é importante resgatar e ensinar padrões como as sílabas, aprofundando os estudos das dimensões da linguagem que envolvem não somente escrever corretamente a ortografia, mas escrever frases e textos com estrutura, dominando o significado das palavras, ampliando o acervo de vocabulário, com conhecimento da origem das palavras e com prosódia, que é a dimensão mais complexa que dá vida, dá cor, dá imagem à escrita.

Quando os professores ampliam seus conhecimentos sobre a neurociência conseguem contribuir melhor para a elaboração de uma didática alinhada com os processos mentais em cada período de desenvolvimento. Na verdade, só há aprendizagem dos conhecimentos formais pelo ser humano se houver ensino planejado e intervenção a cada atividade realizada.

Uma grande contribuição que a neurociência trouxe para a educação é esclarecer que só haverá aprendizado se houver ensino do conhecimento formal por parte do educador e estudo e esforço por parte do educando.

Cássia A. José Oliveira – professora do 1° Ano
Rosane Callegari – professora do Jardim I
Rosilene Moutinho Arriola – professora do 2° Ano


quarta-feira, outubro 17, 2012

Neurociência e Currículo

Elvira Souza Lima


Artigo sobre currículo de educação infantil e neurociência acaba de sair e a editora disponibilizou o pdf! Parabéns para a Revista Presença Pedagógica, edição setembro / outubro 2012pela iniciativa. Quem quiser ver, segue o link

http://www.presencapedagogica.com.br/site/sistema/as/enviados/0e43081245a8cf55ce69addb0ee6eef8..pdf
 
 

segunda-feira, outubro 15, 2012

Homenagem aos Professores

Elvira Souza Lima



Fragmento de exercício de cópia de um aprendiz
de escriba no Antigo Egito, Museu do Louvre


A escola foi criada há cerca de cinco milênios porque existiam mestres. Porque havia adultos dispostos a ensinar e a aprender ensinando. E por causa destes adultos é que a escola sobreviveu até os dias de hoje em seu formato básico: a cada geração as crianças e jovens, todos os dias, vão para um espaço separado da vida cotidiana e por um tempo determinado para se apropriarem da herança cultural da espécie, em forma de ciência, arte e linguagens simbólicas, em especial, a escrita. Para guiá-los e ensiná-los a comunidade os confia aos professores, os seres mais preparados para esta realização: formar as novas gerações.
A dimensão da importância destes adultos e de como são especiais, nem sempre é compreendida, nem por eles próprios. Algo que não é compreendido acaba não sendo valorizado. Muitos desanimam, outro tanto fica doente de cansaço e frustração, não é nada fácil conviver com o aluno que não aprende ou com todos que não aprenderam e que insistem em permanecer presentes na memória do professor. Os sucessos dos professores são invisíveis muitas vezes. O professor não sabe o impacto que teve neste ou naquele aluno, nem de como uma palavra dele ou mesmo um olhar pode instalar na criança a confiança e a autoestima. Não se pode avaliar totalmente durante o ano os resultados que aparecerão paulatinamente lá na frente da vida da pessoa. Não creio que tenhamos na espécie uma profissão tão importante. Portanto, no seu dia, professores e professoras, se alegrem porque vocês estão presentes na vida de todos nós, fazem parte das nossas memórias.
Na minha estão muitos mestres, mas meu pensamento especial vai para a Dona Aida, minha professora de primeiro ano, que foi quem abriu caminho na minha mente e coração para todos os professores que vieram depois e aos quais ela me ensinou a apreciar. Um ótimo dia dos professores a todos!

sexta-feira, outubro 12, 2012

MINHA HOMENAGEM E AGRADECIMENTO ÀS CRIANÇAS

 ELVIRA SOUZA LIMA
Hoje no Dia das Crianças escrevo em homenagem a todas as crianças que fizeram a pessoa que sou hoje. Começo pelos irmãos mais novos, que ajudei a cuidar ainda criança, eu também. Minhas duas primeiras sobrinhas que nasceram enquanto eu ainda estudava psicologia e que foram as primeiras, com suas vivacidades e brincadeiras, a colocar a semente da dúvida sobre alguns aspectos das teorias que estudava na PUC. Principalmente os testes psicológicos e Piaget. Suspeitei vagamente que havia mais coisas entre o céu e a terra do que a simples teoria.

Às crianças que dei aula de música e piano. Na época não entendia nada da reação delas, maravilhosa, à música. Mas tinha o maior prazer em ensinar. Ficou na minha memória: ensinar precisa dar prazer a quem ensina.
Às crianças com síndrome de Down, da APAE de São Caetano, que toleraram, com bom humor até,a ignorância nossa sobre elas. Deve ter sido difuso o sentimento, mas lembro que me sentia ignorante quando saia de lá dia após dia. O encontro com a diversidade cultural em Paris: crianças imigrantes, crianças francesas de classe popular e de classes abastadas, todas juntas na mesma escola. Imigrantes da Europa, mas também imigrantes do Marrocos, África, exiladas do Brasil e da Argentina, crianças que falavam 5, 7, 10 línguas diferentes na mesma escola e um mundo de experiências culturais diversas no mesmo espaço. Um choque e a descoberta de que certas coisas são comuns a todas crianças e superam barreiras: as brincadeiras, a música e a comunicação por movimentos.

Às crianças vítimas de regimes autoritários que conheci na França, crianças que não foram poupadas pela ditadura, exiladas. Em especial, às crianças que chegaram a ser expostas à tortura dos pais, aqui no Brasil. Às crianças pequenas na periferia de São Paulo, do Movimento Luta por creches. E a todas a que segui conhecendo pelas creches em São Paulo.
 
MEUS FILHOS que nasceram no meio da diversidade de línguas e culturas. E que me surpreendiam a cada dia como, ainda bebês, percebiam e lidavam bem com as diferenças culturais. Não sabíamos o que sabemos hoje sobre o desenvolvimento infantil. Eles, então, colocaram as perguntas certas na minha cabeça. E me ensinaram, também, que a diversidade da espécie humana é uma riqueza, não um problema. Com eles comecei a suspeitar que a experiência cultural nos define como pessoas e que é um desafio conviver com crianças que trazem na sua própria pessoa as marcas de comportamentos culturais que não partilhamos. Mesmo quando estas crianças são nossos filhos. Cuidei muito e resisti a pedidos de pesquisadores que queriam pesquisar meus filhos. Era o início da era Vygotsky. Meus filhos que foram parceiras nas minhas idas e vindas e que me ensinaram muito do que sei sobre crianças de outras culturas. Homenageio, também, todos os amigos de meus filhos, no Brasil, nos Estados Unidos, na Europa. Com todos eles aprendi a arte da tolerância onde ela é mais difícil, no cotidiano, dentro de sua própria casa.

As crianças indígenas que me ensinaram , entre tantas coisas, que o Rio Amazonas tem várias cores e que a cor da árvore depende da hora do dia. Que desenhar é uma atividade absolutamente séria, como é, também, ouvir a natureza. As crianças excluídas, de rua, sem teto, sem terra, trabalhadores infantis. Crianças que são capazes de brincar de casinha no chão da comunidade de favela no Rio, circundadas por policiais fortemente armados. Crianças latinas e negras nos Estados Unidos, nos guetos de Chicago e em New York. Crianças latinas, na Califórnia, fracassos escolares absolutos que acabam aprendendo e bem, já na quinta série, a ler e a escrever. Elas me ensinaram que é possível aprender, que todas as crianças podem aprender. Agradeço a elas terem me ensinado procurar as raízes do fracasso na pedagogia.
Especialmente às crianças negras, filhas de prisioneiros, em Washington. A capacidade destas crianças em lidarem com a separação, às vezes de pai e mãe feitos prisioneiros, marcou para sempre minha memória. Principalmente o fato de como a literatura foi eixo de reconstituição da família, de retorno aos estudos destes pais e de como as crianças foram a razão das mudanças. Sabemos hoje perfeitamente que o cérebro se transforma e como o faz. Mas na época não sabíamos.

Finalmente a todas as crianças de escolas públicas de tantas cidades nas quais trabalhei e trabalho, que me revelaram que, sim, querem aprender. E, principalmente, que podem aprender, apesar de todas as adversidades. Crianças que ainda têm paciência para tentar mais uma vez, apesar de estarem há anos na escola sem saber, às vezes, as letras. Que, apesar do peso horrível que é o fato de serem estigmatizadas como pessoas incapazes de aprender, seguem tentando e que desabrocham pelo simples fato de encontrar alguém pela frente que acredita que elas são absolutamente capazes.

Tive grandes mestres na minha vida. Cientistas e artistas. Mestres com os quais tive a possibilidade de contato direto e tantos outros através dos livros. A pesquisa, o conhecimento, as teorias são absolutamente necessárias. Porém, tanto na minha trajetória profissional, principalmente como pesquisadora, como na vida pessoal eu devo à convivência com tantas e tantas crianças, de várias etnias, de todas as classes sociais, de inúmeras culturas o que consegui acumular de sabedoria.
E no dia das crianças, mais do que presentear, é importante homenagear as crianças e lembrar que elas são formadas por nós, a geração de adultos. E que nós somos advertidos por elas quando nos equivocamos. Finalmente que, permanecendo com mente e coração abertos, vamos aprender a ver nos comportamentos das crianças a consequência e o resultado de nossas próprias ações.

Termino me dando conta da quantidade de crianças vivendo em minha memória e como várias delas surgiram com seus rostos reais em tantos contextos pelo mundo enquanto escrevia. E quanta emoção estas lembranças me trazem e quanto sou grata a meus filhos por terem partilhado este meu percurso com generosidade.

domingo, setembro 23, 2012

A Função Antropológica do Ensinar

Elvira Souza Lima

Esta entrevista, concedida à jornalista Paola Gentile, foi publicada na revista Nova Escola edição
n.138, dezembro de 2000.



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sábado, março 17, 2012

Neurociências na Prática por Elvira Souza Lima - Revista Pátio, n.61



Neurociências na prática
por Elvira Souza Lima

O projeto Escrita para Todos utiliza os conhecimentos disponibilizados pelas neurociências para propor uma concepção pedagógica de docência da escrita



Revista Pátio

Neurociências na sala de aula: como o conhecimento
sobre o cérebro pode melhorar a aprendizagem

Número: 61
Ano: XVI
Fevereiro / Abril 2012



domingo, março 11, 2012

Entrevista com a Profa.Dra. Elvira Souza Lima - Portal Futurum



Elvira Souza Lima é pesquisadora em desenvolvimento humano, com formação em neurociências, psicologia, antropologia e música. Trabalha com pesquisa aplicada às áreas de educação, mídia e cultura. Tem várias publicações, entre elas 'A criança pequena e suas linguagens', 'Quando a criança não aprende a ler e a escrever', 'Práticas culturais e aprendizagem', 'Brincar para quê?', 'Neurociência e aprendizagem', 'Neurociência e escrita'. Atualmente desenvolve seu projeto ESCRITA PARA TODOS em prefeituras e em escolas. É Doutora em Ciências da Educação pela Sorbonne/Paris; fez pós-doutoramento na Stanford University em antropologia e Linguística, com bolsa da FAPESP, pós-doutoramento, pelo CNPq, no Institte for the Study of Child Development, University of New Jersey e pós-doutoramento em Educação Multicultural na University of New México.



PF: Para o século XXI, se anuncia uma contribuição importante para a educação formal vinda da neurociência, área de conhecimento, que se estabeleceu na segunda metade do século XX e que, pelo impressionante número de pesquisas e estudos, ampliou significativamente nosso conhecimento sobre como nós, os seres humanos, nos desenvolvemos e aprendemos. Como é seu olhar diante das transformações provocadas pela neurociência no processo de aprendizagem e como pode contribuir para a formação do professor?

Profa.Elvira: A neurociência lança luz na docência, revelando como ocorrem os processos de aprendizagem. Ela detalha, também, as particularidades de cada período de desenvolvimento do aluno e nos permite entender melhor como que ao aprender na escola. É um momento muito interessante da evolução da ciência, pois temos mais condições de encaminhar a docência para a aprendizagem de todos.

O que mais me surpreende é como o professor, de posse de alguns conhecimentos da neurociência, transforma sua prática e aumenta sua autoestima. O que a neurociência revela é que o cérebro do adulto também não é estático, é altamente plástico e se reformula de acordo com a vida da pessoa. Ora, um adulto que educa as novas gerações está sempre em ‘movimento’ interno. Todos os dias, várias horas por dia, ele está em interação muito ativa com o conhecimento e com os alunos. Então ele é sujeito da ação educativa e sua pessoa se transforma pela ação profissional que ele exerce.

O que a neurociência deixa claro é que nós, que formamos outros adultos, precisamos entendê-los como seres de cultura, de emoção e que são, assim como as crianças e jovens, pessoas em desenvolvimento. Entender o adulto professor como ser humano em transformação é o que nos permite desafiar, promover, provocar novas formulações mentais. A formação continuada perde seu caráter estático para envolver o trabalho pedagógico como ponto de partida, para então, analisá-lo à luz das teorias e da pesquisa. Não se pode fazer um pacote e impô-lo ao professor, o que precisa é que o professor seja autor, participe da proposta pedagógica, torne este processo em memórias de longa duração.

PF: A neurociência valoriza a pessoa do adulto educador ao mesmo tempo em que o alerta para a complexidade da ação humana de ensinar, por um lado, e de aprender, por outro. Em suas palestras uma de suas falas está relacionada ao número de intervenções que um professor faz em sala de aula o tempo todo com seus alunos. Como são interpretadas pelos cérebros dos professores essas intervenções?

Profa. Elvira: A primeira coisa que se pode dizer é que se torna muito cansativo para o cérebro do professor a repetição seguida e as negociações constantes para se conseguir a atenção dos alunos. Pesquisas mostram que o professor brasileiro passa muito mais tempo que os de alguns países chamando atenção, fazendo advertências ou resolvendo confusões em sala de aula. É um desgaste grande, porque, também, ele tem menos tempo de ensinar, os alunos aprendem menos, dependem de recuperações de vários tipos. No final, é um grande desgaste e a energia que se deve empregar na docência se dilui em ações que pouco tem a ver com o ensino propriamente dito.

O caminho para sair disto é introduzir a educação da atenção como componente curricular. Outros países já o fizeram. Esta é uma característica das gerações atuais, que desenvolvem padrões de atenção para o uso das novas tecnologias e que precisam desenvolver aqueles necessários para as atividades escolares.

A ação docente também é um exercício de criatividade. O professor precisa ter, digamos, seu cérebro disponível para ensinar, o que só acontece se outros fatores de disciplina não interferirem todo o tempo.


Leia a entrevista completa no Portal Futurum (aqui)