sábado, junho 19, 2010

Textos de Elvira Souza Lima no site Pueri Domus



Aprendizagens escolares e atividades de estudo 1
Elvira Souza Lima
Os conceitos e exemplos mostrados certamente contribuirão para a organização do trabalho do professor em sala de aula

Aprendizagem na escola e atividades de estudo 2
Elvira Souza Lima
Artigo sobre atividades de estudo e sua importância para o desenvolvimento e a autonomia de crianças e jovens.

MAPA NA MEMÓRIA, MEMÓRIA NOS MAPAS
Elvira Souza Lima
O procedimento de desenhar mapas continua válido nos dias de hoje? Como ficam as longas tarefas propostas pela escola?

Imaginação
Elvira Souza Lima
O texto discute o poder da imaginação do ser humano e sua importância para o processo de aprendizagem: como ela age na origem da formulação do conhecimento, no conhecimento que será apropriado pelo aluno e no conhecimento futuro.

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link: PUERI DOMUS Escolas Associadas

Ciclos de Formação de Elvira Souza Lima- Resenha de Zwinglio Rodrigues


Este livro de Elvira Souza Lima, da Coleção Fundamentos para a Educação, trata dos Ciclos de Aprendizagem, uma proposta pedagógica. Ele contém 32 páginas, é bem escrito e de fácil leitura. Contudo, este livrete não é simplista e nem superficial quanto ao seu conteúdo.

Após uma apresentação breve onde a autora enfoca, entre outros pontos, a questão da reorganização do tempo escolar como uma meta dos Ciclos de Formação sem a qual não se conseguirá alcançar consideráveis e necessárias “modificações educativas que buscam melhorias na aprendizagem dos alunos” (p. 4), repensar o modelo herdado da Europa onde a inflexibilidade do tempo que faz com que as aulas e os conteúdos se adaptem a ele, o tempo, e não às necessidades dos discentes, é necessário para auxiliar uma guinada qualitativa e quantitativa na educação brasileira que urge em todo território nacional, mais notadamente no norte-nordeste do país.

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link: DOKIMOS

Ciclos de Formação de Elvira Souza Lima (Editora Inter Alia) aqui


Teachers As Learners


Elvira Souza Lima - Teachers As Learners The Dialectics of Improving Pedagogical Practice in Brazil

in

Educational Qualitative Research in Latin America:
The Struggle for a New Paradigm
(Studies in Education and Culture)
by Gary L. Anderson and Martha Montero, editors.

Garland Publishing 1997

Le développement culturel des enfants par l'expérience esthétique


Elvira Souza Lima - Le développement culturel
des enfants par l'expérience esthétique


publicado em:

Langages et cultures des enfants de la rue
sous la direction de Stéphane Tessier
Editeur : Karthala (1995)
Collection : Questions d'Enfance



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sexta-feira, junho 18, 2010

Elvira Souza Lima no site Educar Para Crescer


A memória e a aprendizagem - Educar para Crescer

Como a memória funciona?

"Somos aquilo que recordamos", conceitua Iván Izquierdo, professor de Neuroquímica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Ele dá um exemplo: nenhum texto é compreendido se não se lembra o significado das palavras e a estrutura do idioma utilizado. Tudo isso precisa estar registrado no cérebro para ser resgatado no momento oportuno. A memória, enfatiza Elvira Lima, é a reprodução mental das experiências captadas pelo corpo por meio dos movimentos e dos sentidos. Essas representações são evocadas na hora de executar atividades, tomar decisões e resolver problemas, na escola e na vida."

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A importância da boa alimentação - Educar para Crescer

texto de Paula Desgualdo

Reconhecer cores, contar uma história com começo, meio e fim, compreender o que os outros falam, deduzir ordens de grandeza - tudo isso faz parte do desenvolvimento nervoso de uma criança. E o sucesso dessas tarefas, que equivocadamente parecem tão simples aos olhos de um adulto, tem tudo a ver com aquilo que os pequenos comem. "Sem uma alimentação adequada, capaz de garantir o aporte de nutrientes como ferro, o foco e a concentração ficam comprometidos. Daí é mais difícil armazenar novas memórias", explica a pesquisadora em desenvolvimento humano Elvira Souza Lima, consultora internacional em neurociência e educação de várias instituições de renome.

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Lembre-se: sem memória não há aprendizagem


por: Paola Gentile (reportagem) e Cynthia Costa (edição web)

Durante séculos, na escola, memorizar foi sinônimo de decorar nomes, datas e fórmulas que seriam exigidos nas provas, nas chamadas e nos testes. Com base nos estudos sobre o processo de aprendizagem da criança, porém, concluiu-se que a decoreba era inimiga da educação. E a memória - confundida com repetição - foi posta de castigo.

Um grande erro. A memória é a base de todo o saber - e, por que não dizer, de toda a existência humana, desde o nascimento. Como tal, deve ser trabalhada e estimulada. "É ela que dá significado ao cotidiano e nos permite acumular experiências para utilizar durante toda a vida", afirma a psicóloga e antropóloga Elvira Souza Lima, especialista em desenvolvimento humano.

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quinta-feira, junho 17, 2010

Entrevista de Elvira Souza Lima para o jornalista Paulo de Camargo - Revista Claudia, Junho 2010

Paulo de Camargo - Qual é, a seu ver, o interesse em preservar um currículo mais rico, onde caibam a música, as artes plásticas, o teatro? Trata-se de uma questão de formar mais globalmente, ter indivíduos mais equilibrados, ou um trabalho pedagógico rico nesse campo também colabora para o desenvolvimento cognitivo?


Elvira Souza Lima - As artes em seu conjunto têm a mesma complexidade que as ciências quando consideramos a vida mental. A neurociência avançou muito na última década revelando um papel insuspeitado que as artes têm no que chamamos de “desenvolvimento cognitivo” .Artes, ciências (todas elas, as duras e as humanas) e os sistemas simbólicos (como a escrita, a linguagem matemática, a musical, a linguagem da física, só para citar algumas) são conhecimentos sistematizados.

Aprendizagens realizadas nas práticas artísticas formam redes neuronais no cérebro que podem ser mobilizadas para aprender as áreas do conhecimento formal. Além disso, a prática de arte forma comportamentos necessários para a aprendizagem dos conhecimentos escolares, como comportamentos de atenção.

Paulo de Camargo - O que há de estudos científicos que comprovam o papel da música no desenvolvimento do cérebro?

Elvira Souza Lima - Há uma produção enorme, tanto nos Estados Unidos, como na Europa. Há evidências de que a música modifica fisicamente o cérebro. Vários neurocientistas, como Oliver Sacks, afirmam que o cérebro de um músico se distingue dos cérebros de pessoas de outras profissões. Como ele diz, se olharmos os cérebros de pessoas de profissões diferentes (por exemplo, de um engenheiro, de um motorista, de um administrador de empresas e de um músico), reconheceríamos o do músico. Uma das partes do cérebro, a responsável pelas trocas entre hemisfério esquerdo e hemisfério direito do cérebro – chamada corpo caloso – é uma das comprovadamente modificadas pela prática de instrumentos musicais.

Paulo de Camargo - A senhora me disse que o cérebro é interdisciplinar. Pode explicar com mais detalhes?

Elvira Souza Lima - Os estudos recentes da neurociência têm revelado como que uma aprendizagem de um conceito de uma área de conhecimento se transforma em instrumento mental para aprender , refletir e solucionar questões de outras áreas de conhecimento. Igualmente, como que práticas de movimento como a capoeira formam redes neuronais que concorrem para desenvolvimento do pensamento espacial, importantes para a aprendizagem da física, da geografia e matemática. O cérebro funciona como um órgão integrado em que, mesmos as áreas especializadas, contribuem conjuntamente para responder a uma demanda interna, como resolver um problema matemático, escrever um texto, compreender um relato científico. Quem aprende a ler música, desenvolve redes neuronais funcionais para a sintaxe. A sintaxe está presente tanta na escrita como na matemática.


Paulo de Camargo - Parece-lhe que, de alguma forma, os jovens de hoje tem de fato um repertório cultural mais restrito, em função da perda de espaço das artes e da música no currículo, especialmente no Ensino Fundamental II e no Médio?

Elvira Souza Lima - Uma função básica para o desenvolvimento do jovem é o desenvolvimento da imaginação. A imaginação depende dos acervos guardados na memória. Pesquisas revelam claramente como a ausência de experiências estéticas não só compromete a formação deste repertório, como, dialeticamente, esta ausência pode levar à mediocridade ou à limitação de estratégias de tomada de decisão. O jovem encontra-se frente ao mundo de trabalho como que desconectado das questões envolvidas nas relações humanas, na capacidade de liderança e na gestão de pessoas, quando em funções de direção e gerência.

É interessante observar que certas iniciativas nos Estados Unidos por parte de neurocientistas aconteceram exatamente em contraposição a uma política educacional que, quando precisa cortar gastos, começa pelo corte às artes.

Paulo de Camargo - A senhora recomenda que os pais prestem mais atenção a esse tema e busquem formações complementares, seja na própria escola, seja nos cursos livres mais qualificados?

Elvira Souza Lima - Sim, é importante que os pais entendam melhor os processos de desenvolvimento dos filhos para ajudar nas tomadas de decisão que fazem na vida das crianças e adolescentes. Ainda consideramos as artes como complementares, às vezes como algo até superficial. No entanto, sabemos hoje que elas são fundamentais na formação da criança e do jovem, com um impacto considerável. Elas podem promover o diferencial na carreira dos filhos futuramente, uma vez que o impacto no desenvolvimento das funções mentais é duradouro, ou seja, permanece para a vida toda. Em outros países, saber tocar um instrumento, ter feito teatro, por exemplo faz parte do currículo para aprovação na seleção de entrada para a universidade.