sexta-feira, dezembro 02, 2011

A criança e a cultura

Entrevista de Elvira Souza Lima para a jornalista Michela de Paulo.

- Em entrevista concedida à REVISTA EDUCAÇÃO - EDIÇÃO 147, a sra. afima que atualmente, com relação a educação infantil, a “criança está empobrecida”. A sra acha que a criança também está empobrecida com relação a educação cultural infantil?

Elvira Souza Lima -A criança se empobrece quando ela não encontra condições ou possibilidades de realizar a apropriação da herança cultural que passa de uma geração a outra. Em um mundo em que a aceleração no tempo acaba por inibir ou diminuir práticas humanas fundamentais, a criança pode, muitas vezes, não ter nem o tempo necessário para realizar as práticas da infância necessárias para o seu desenvolvimento.

- O que a sra. quer dizer quando afirma em suas entrevistas que a “criança é um ser de cultura”?

ESL - As pesquisas sobre o desenvolvimento infantil mais recentes, assim como o conhecimento acumulado pela antropologia, revelam que o bebê ao nascer já inicia seu caminho para estabelecer contato com os outros seres humanos e com eles aprender as formas de relacionamento, de expressão das emoções, posturas e gestos, enfim cada bebê em sua cultura vai assumir os comportamentos culturais de seu grupo.

A criança é assim, desde seus primeiros meses de vida, uma pessoa que se constitui como ser de cultura, da cultura em que nasceu. Ao longo da infância , a criança prossegue nesta formação cultural, que é responsável pela identidade e pelo sentimento de pertencimento a um grupo.

- A cultura é sempre ensinada às crianças pelos adultos ou ela pode se desenvolver naturalmente?

ESL - A cultura está no contexto, então, muita coisa a criança aprende através de sua vivÊncia sem depender de um ensino intencional. Por outro lado, os adultos que a rodeiam podem e devem ensinar intencionalmente para a criança. Porém tão importante quanto ensinar, é propiciar vivências culturais. Isto significa levar a criança a espaços públicos onde ocorram eventos, como festas juninas, festivais, contação de histórias, contar experiências próprias de sua infância para a criança, trazer os costumes da família. Cabe ao adulto reduzir o tempo de exposição à televisão e equilibrar com experiências reais do cotidiano.

- A criança pode aprender cultura antes mesmo de começar a escrever? Como?

ESL - A cultura humana tem várias dimensões, a grande parte dela não depende da criança saber escrever. Brincadeiras infantis, as comemorações folclóricas, a música, a interação simbólica, a expressão das emoções são algumas destas dimensões. A cultura letrada, aquela que envolve a escrita depende da aprendizagem da leitura e da escrita. Porém, antes disso podemos desenvolver esta dimensão cultural expondo a criança à leitura de histórias, contação de história dramatizada, teatro.

- E as crianças que não podem ler ou escrever, por limitações físicas e/ou mentais, também podem ter acesso à educação cultural? Como?

ESL - Claro! A formação cultural passa pelos 5 sentidos e pelo movimento. O fato de uma criança ter impedimentos de alguma ordem não impede absolutamente que ela participe da vida de cultura. A cultura, na verdade, forma o cérebro humano, ou seja, o desenvolvimento do cérebro é função da biologia e da cultura. Esta é uma das grandes contribuições da neurociência: ter evidenciado que a vivência cultural transforma o próprio cérebro. Neste sentido podemos dizer que as crianças que têm impedimentos em seu desenvolvimento beneficiam enormemente da cultura.

- Qual o papel da imaginação na educação cultural?

ESL - Imaginação é fundamental, é o elemento chave para a formação da pessoa, A educação cultural existe porque o ser humano é capaz de imaginar, é capaz de se deslocar do que sua percepção traz para ele e inventar outras situações, outras imagens, além da própria percepção. A educação cultural promove a formação de imagens internas, de cenários, narrativas que a pessoa cria em sua mente. É uma das capacidades mais extraordinária da espécie humana, que encontra na infância seu período fértil para o desenvolvimento, fornecendo bases para criações e aprendizagens na vida adulta.

- O que os pais devem fazer para que seus filhos tenham um amplo conhecimento cultural? É necessário sempre realizar diversas atividades, como levá-los ao teatro, museus, oficinas?

ESL - Sim, mas também levar às celebrações da cultura popular, trazer a experiência musical para o cotidiano, estimular o canto e/ou a aprendizagem de um instrumento, trazer para a criança vários gêneros musicais.

- Qual a diferença do papel dos pais e dos professores, na educação cultural das crianças?

ESL - A escola tem a função de oferecer aos alunos as aprendizagens que não podem se realizar na vida cotidiana. A escola deve ter, então, um currículo em que a cultura seja trazida para a criança em suas manifestações que não acontecem na vida cotidiana da criança. Como o nosso país é vasto, tem uma cultura riquíssima e variada, desconhecida de uma região a outra, um dos papeis principais da escola é familiarizar a criança com as manifestações culturais da cada canto do país, com os artistas, com as formas de teatro, enfim, com a diversidade que constitui nosso país. Tem também o papel de trazer elementos da cultura universal, como literatura, por exemplo.

- A coleção de DVDs, lançada pela sra. é destinada somente aos professores? Como é possível adquiri-los?

ESL - Ler se aprende com cultura é uma série de 5 dvds, acompanhados cada um de uma publicação que tem vários componentes. O filme é destinado para qualquer idade. O filme comentado, é dirigido a pais e professores. Tem vários extras que são destinados, também, a adultos que se ocupam da criança. É um produto para família também, não somente para professores.

Dois dos DVDs apresentam contação de história: Historias da Natureza e A árvore que mudou de lugar. Cada um deles vem acompanhado de um livro que a própria criança irá ilustrar. O objetivo é levá-la a criar o cenário e os personagens, exercitando, assim, sua imaginação. São conteúdos que tratam também de valores humanos, como tolerância e solidariedade. Esta coleção foi selecionada para o Guia de Tecnologias Educacionais do MEC. Os DVDs podem ser adquridos na Inter Alia Educação e Cultura. Veja os DVDs no Canal da Editora Inter Alia no YouTube.

informações e pedidos: livros@editorainteralia.com

tel: 11 5083 6043 (São Paulo)


domingo, novembro 27, 2011

ESCREVER É TRANSFORMAR

Elvira Souza Lima





Tenho pautado minhas pesquisas e consultorias pelo fato de que aprender a escrever significa um avanço muito grande no processo de escolaridade e um aspecto indispensável na formação da pessoa com autonomia, o que permite a ela maiores possibilidades de exercer sua cidadania.


Ler com compreensão e com capacidade de reflexão permite a cada pessoa o acesso às ideias dos outros e aos conhecimentos formais (que são de direito de qualquer ser humano). A escrita, por sua vez, tem outra dimensão que é a possibilidade para quem escreve de expressar suas próprias ideias, comunicar suas argumentações e análises e gerar leitores. A inserção social de quem escreve é diferente daquele que é somente leitor.


Este é um aspecto fundamental para o desenvolvimento humano. Sabemos que a escrita esclarece o próprio autor, ou seja, o ato de escrever organiza as ideias, esclarece dúvidas, identifica o que não se domina, gera processos de pensamento que somente a oralidade ou a leitura não geram.


Estas e outras dimensões da linguagem escrita no desenvolvimento humano são hoje esclarecidas pela neurociência. Sabemos que são várias as áreas do cérebro envolvidas na ação de escrever, mais áreas das que são mobilizadas para a leitura.


Ensinar todas as crianças a escrever corretamente de forma que cada criança possa comunicar suas ideias e pensamentos, exercer sua imaginação e dispor desta poderosa ferramenta que é escrever para si mesma, fazendo suas anotações, explicitando seu raciocínio, ampliando seus recursos de memória é revolucionário.


Revolucionário pois modifica as relações de poder estabelecidas, em que maior poder tem aquele que pode criar memórias através de seus escritos que vão além da sua pessoa, do seu contexto imediato e mesmo de seu tempo histórico.


Que a grande maioria das crianças pode aprender a escrever bem e corretamente aos 8 anos, para a partir daí desenvolver e aprofundar a capacidade de escrever, é um fato. Temos hoje conhecimento científico para fundamentar esta afirmativa. Mas não é só uma questão científica, é uma questão política.




segunda-feira, novembro 21, 2011

O projeto Escrita Para Todos de Elvira Souza Lima em Juiz de Fora, MG

Leia aqui sobre o Projeto Escrita Para Todos de Elvira Souza Lima que está sendo desenvolvido em Juiz de Fora, MG, através da Secretaria de Educação.

para ampliar e ler: clique com o botão direito do mouse sobre
as imagens acima e escolha a opção: "abrir em nova aba ou janela"


terça-feira, novembro 15, 2011

DESENVOLVER A IMAGINAÇÃO É PRECISO!

Elvira Souza Lima

A imaginação é um componente fundamental das aprendizagens escolares. O aluno quase sempre depende de formular um cenário imagético do que o professor está ensinando, principalmente em relação aos fenômenos científicos, uma vez que poucas vezes o aluno “presencia”, percebe diretamente o que o professor está explicando ou o que aparece nos materiais didáticos.

Pesquisas na área da neurociência têm demonstrado que as crianças são expostas a muitas imagens na vida de hoje e têm, assim, poucas oportunidades de desenvolver sua imaginação. Desta forma, é importante incluir nas realizações da infância a atividade de criar imagens.

Abaixo podemos ver a experiência de criar um cenário, o contexto e a ação de uma história apresentada em forma escrita. Estas histórias podem ser acompanhadas pelo DVD da série Ler se Aprende com Cultura em que elas são contadas por atrizes, mas em que não aparecem informações visuais. Com isto pretende-se, também, desenvolver áreas do cérebro envolvidas na apropriação da leitura e da escrita.







clique nas imagens para aumentar

Editora Inter Alia

série: "Ler se Aprende com Cultura" de Elvira Souza Lima


domingo, novembro 13, 2011

Galeria de Fotos: Burle Marx no Conversa Afiada



A beleza da natureza e a sensibilidade de Burle Max são patrimônios deste nosso país. Como se sabe pelas pesquisas da neurociência, o contato com as plantas faz bem ao ser humano.Achei que todos devem ter acesso a estas belas fotos!

Elvira Souza Lima


segunda-feira, outubro 31, 2011

ESCRITA PARA TODOS - POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM

Elvira Souza Lima




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Em nosso projeto ESCRITA PARA TODOS (Guarani e Juiz de Fora, MG), podemos ver claramente a capacidade que as crianças têm para se apropriar do sistema de escrita a partir de uma docência que inclua os princípios de desenvolvimento infantil. Não há soluções mágicas: a criança aprende a partir da docência adequada e da prática contínua.

As professoras têm conseguido resultados muito bons. Um dos fatores importantes é a ênfase na prática da escrita com a autoria do aluno. Escrever todos os dias, em qualquer área do conhecimento, sendo autor. Ou seja, o aluno busca em sua memória as palavras para escrever a sentença com a sintaxe básica. A estrutura linguística é fundamental para que a escrita aconteça. Ilustramos com alguns textos de crianças de 7 anos, ainda em pleno processo inicial de apropriação da escrita.



Betoven

Betoven é um cachorrinho.

Ele olha todos os dias na janela para ver os carros.

Ele é um cachorrinho bonito preto e branco ele gosta de jogar bola Betoven também gosta de tomar banho.

Ele gosta de ração e de brincar, passear e dormir.

Ao amanhecer ele toma leite.

Betoven e assim.

FIM

Autor: Lucas M. Gonçalves



O lobo Tigrão e o pintinho Dino

Era uma vez um dia de sol, de manhã

bem cedinho numa fazenda tinha um pintinho

comendo milho de repente apareceu um lobo

atrás da árvore.

Ele agarrou o pintinho e o pintinho

gritou piu - piu! Ele ficou com muito medo.

De repente a mãe galinha chegou e ficou

muito brava.

Deu uma surra nele.

A mãe galinha e o pintinho ficaram

muito felizes e o lobo todo machucado.

Autora: Rafaella



segunda-feira, outubro 24, 2011

NEUROCIÊNCIA NA SALA DE AULA: EDUCAÇÃO INFANTIL PARA O SÉCULO XXI

Elvira Souza Lima



Iniciamos em Guarani, Minas Gerais, a introdução de um currículo que tem como eixo o desenvolvimento da função simbólica e da imaginação na criança pequena. Com isto temos a possibilidade de desenvolver redes internas que darão suporte às aprendizagens escolares posteriores sem comprometer a vivência da infância em seus aspectos mais importantes.


Desenhar diariamente, cantar diariamente com o coletivo todo reunido, crianças e adultos, música presente na sala de aula e nos espaços comuns, inclusive no momento da chegada, vivência de fatos científicos, da geometria, da poesia.


Os desenhos das crianças de 5 anos (em folha A3) revelam o domínio e experimentação de texturas, espaço, formas e narrativa. Exercícios diários da imaginação preparam as crianças para a vida, não apenas para o percurso escolar que elas farão. O uso da imaginação já é, e será cada vez mais, um requisito da vida nas próximas décadas.


Para quem tem vindo visitar a escolinha de educação infantil, a reação comum é de admiração pelo clima de alegria e tranquilidade. Devemos isto à competência e entusiasmo das professoras, competência da gestão pedagógica e, também, dos adultos que realizam as tarefas de apoio.

sábado, outubro 15, 2011

Meu Caderno de Estudos na sala de aula

Elvira Souza Lima





Meu Caderno de Estudos é um material que elaborei em colaboração com Gabriel Lima para o desenvolvimento da criança de 6 a 8 anos, promovendo a formação de conceitos básicos para as aprendizagens escolares, tais como conceitos de proporção, escala, simetria, desenvolvimento do pensamento geométrico, apropriação da sintaxe na escrita, matemática e música.







Acima podemos ver como é interessante trabalhar o desenvolvimento das crianças em sala de aula. No Meu Caderno de Estudos não tem certo e errado, não é avaliação, é um caderno para praticar.

Ana Presciliana é uma das muitas professoras que trabalham com o Meu Caderno. É uma professora entusiasta e estudiosa. Após o trabalho com insetos, envolvendo a prática de conceitos de proporção e escala, verificamos que, rapidamente, seus alunos os estão aplicando na realização de outras atividades. Observamos como realizam a perspectiva com propriedade. São crianças de 7 anos.

O Meu Caderno de Estudos foi adotado na Rede Municipal de Juiz de Fora como parte do Projeto Escrita para todos.

Dia do Professor! Homenagem aos Professores.

Hoje, Dia do Professor, envio meu carinho e reconhecimento a todos os professores que lutam diariamente por uma educação justa para todas nossas crianças e jovens. Em especial gostaria de homenagear aqueles que foram nossos mestres durante a ditadura e resistiram bravamente em sala de aula nos ensinando a pensar, tornaram acessível conhecimentos e autores banidos pelo regime militar. Aprendi com eles o que são direitos humanos e aprendi também o sentido e valor da resistência. Professores que marcaram minha vida para muito além dos meus anos de científico e de graduação na PUC.


Elvira Souza Lima

domingo, agosto 14, 2011

CRIANÇAS QUE APRENDEM

Elvira Souza Lima

Acredito firmemente que, se aos professores forem socializados conhecimentos básicos sobre o desenvolvimento humano, eles terão maiores possibilidades de atingir resultados em sua docência.

O conhecimento científico é um fator de desenvolvimento dos professores. Não que ele vá resolver todas as questões do ensino, uma vez que ensinar e aprender os conhecimentos formais são atividades de grande complexidade na espécie. Porém, a espécie humana tem suas dimensões biológica e cultural que precisam ser abordadas integradamente pela pedagogia. Os conhecimentos acumulados pelas ciências que estudam o cérebro humano, a antropologia e a história nos sugerem, ao menos, que consideremos como parte integrante da formação do educador estas disciplinas: não podemos passar mais ao largo dos processos de interação entre as pessoas que convivem na escola, nem ignorar os conhecimentos sobre o funcionamento da atenção, percepção, memória e das emoções, ampliados significativamente nas últimas décadas.

Minha experiência atual, trabalhando em redes municipais em Minas Gerais, tem mostrado que minha aposta no professor melhor informado pelos conhecimentos do desenvolvimento humano das várias idades da infância leva a resultados excelentes.

Crianças de classe popular, crianças negras, crianças do campo, crianças vivendo, por vezes, em situações limites podem apropriar-se da escrita e dominar os seus componentes básicos já aos 7 anos, em algumas turmas já aos 6 anos.

Não algumas crianças, mas todas as crianças!!

A possibilidade para aprender é muito ampla, mas será difícil atingirmos algum resultado enquanto estivermos limitados na docência às dificuldades de aprendizagem. Se acreditarmos nas possibilidades, planejamos para a aprendizagem futura e o presente assume uma outra dimensão educativa.



sábado, julho 02, 2011

Zona de Desenvolvimento Proximal

Elvira Souza Lima


O conceito, elaborado pelo psicólogo russo Vygotsky, foi traduzido ora como zona de desenvolvimento proximal (ZDP), ora como área potencial de desenvolvimento. É um conceito mais difundido na área pedagógica, embora sua formulação não tenha sido restrita somente à aprendizagem do conhecimento formal.

A ZDP diz respeito a processos de pensamento e à utilização de instrumentos mentais que se tornam efetivos a partir de uma interação mediada pelo conhecimento. Ou seja: a interação com uma pessoa com domínio de determinado conhecimento ou metodologia pode levar o ser humano a se apropriar deles. Isso possibilita ao aprendiz progredir na aquisição dos conhecimentos formais e na solução de problemas tanto na vida escolar como na cotidiana.

A mediação depende do conhecimento acumulado da pessoa mediadora e de sua capacidade de estabelecer conexão entre o que o aprendiz sabe e o que está em processo para saber. A sensibilidade do mediador se faz, então, necessária. Saber colocar-se no lugar de quem aprende torna-se um fator de desenvolvimento. Na escola, essa mediação é feita, primordialmente (mas não exclusivamente),
pelo professor.

O conceito de desenvolvimento potencial tem, dialeticamente, sua contrapartida: o desenvolvimento prévio. Por um lado, é ele que estabelece a área de potencialidades para novas aprendizagens. Por outro, é o próprio contexto cultural que apresenta condições (ou não) para que as aprendizagens ocorram. A efetivação das potencialidades humanas se dá em função dos instrumentos culturais e do conhecimento acumulado historicamente. Quando aplicado à criança, o conceito se refere à dimensão histórica e cultural da infância. A escola fica, então, definida como um contexto cultural em que a ação dos educadores pode avançar ou inibir o desenvolvimento de cada aprendiz, segundo a docência praticada e as aprendizagens realizadas a partir dessa docência.


texto publicado em Letra A - o jornal do alfabetizador
maio/junho 2011, Ano 7, n.26

CEALE, UFMG




terça-feira, junho 28, 2011

Elvira Souza Lima em Passo Fundo, RGS



Conferência da Dra Elvira Souza Lima para professores
em Passo Fundo, RGS, Brasil, junho 2011.
Vídeo da TV Universidade de Passo Fundo.


sexta-feira, maio 27, 2011

TV Cultura: Workshop As Crianças do Brasil - Elvira Souza Lima


A TV Cultura transmitiu o workshop Crianças do Brasil, na manhã da quinta-feira, (26/05) que visa discutir o que as crianças devem ter acesso de conteúdos na mídia televisiva. O coordenador do Programa de Cidadania dos Adolescentes da Unicef do Brasil, Mario Volpi falou ao público que as crianças têm a capacidade de olhar para algo desconhecido e criar hipóteses. “Temos que resgatar o papel do educador do adulto”, comentou. A pesquisadora da área de Educação, Mídia e Cultura, Elvira Souza Lima afirmou que a tecnologia trouxe uma democratização de acesso à informação. “Isso traz um novo conceito foi um momento muito importante, que são mudanças grandes dentro da mesma geração”. Ela também falou que a imaginação está ligada à memória e que os adultos têm que ampliar o acervo das crianças, para poder ampliar as formas de relação e pensar. “O contexto vai formar a pessoa e atualmente não é apenas a casa ou o bairro, mas também a tecnologia”, disse a pesquisadora.

Ela também argumentou que a criança desenvolve a fala desde os primeiros dias de vida no útero. E o caminho do desenvolvimento dela vai ser definido pelos conteúdos e experiências que ela tiver. “A televisão nesse sentido é muito importante, pois ela transpassa a nossa vida”, reiterou. “Nós temos uma direção nos caminhos da infância que é determinada pelos primeiros anos de vida, quando ela já toma decisões”, completou Lima, dizendo que não é só o conteúdo a ser colocado nos programas de televisão, mas de que forma.

O workshop, que teve como mestres de cerimônias o Júlio, personagem do Cocoricó e a Bel, da Vila Sésamo, discutiu diretrizes pedagógicas para a série americana. O evento tem como principal objetivo identificar as problemáticas e características da Educação Infantil no Brasil e, a partir delas, estabelecer os conteúdos mais relevantes para a condução de um projeto de mídia educativa para crianças em idade pré-escolar (03 a 05 anos).

assista agora

sexta-feira, fevereiro 11, 2011

Projeto ESCRITA PARA TODOS de Elvira Souza Lima na Secretaria de Educação de Juiz de Fora (MG)

clique na imagem acima para ler

"Alunos totalmente alfabetizados até os oito anos de idade é a meta
da Secretaria de Educação"


fonte: Jornal da Educação
Ano I numero 1
dezembro de 2010
Prefeitura Municipal de Juiz de Fora, MG, Brasil


sábado, janeiro 22, 2011

TODOS PODEM APRENDER A LER E A ESCREVER série concebida e apresentada por Elvira Souza Lima para o MEC



TODOS PODEM APRENDER A LER E A ESCREVER
série concebida e apresentada por
Elvira Souza Lima para o MEC


Série de seis episódios que trata do processo de aprendizagem da leitura e da escrita, abordando a atividade cerebral envolvida, a importância da memória, dos símbolos e da cultura. Discute as dificuldades que surgem no processo de aprendizagem e as formas de se lidar com ela. Em seis episódios, detalha os fundamentos necessários para estas atividades tão necessárias à compreensão do mundo. Os seis episódios encontram-se interligados e tratam, de forma multidisciplinar, do tema da aquisição da leitura e da escrita.O quinto programa orienta professores no auxílio a crianças com mais de oito anos que possuem dificuldade em ler e escrever. Além disso; mostra a importância do conteúdo já assimilado pelo aluno, das vivências culturais e da auto-estima no processo de aprendizagem da leitura e da escrita.

PGM. 1 - LER (clique)
PGM. 2 - ESCREVER (clique)
PGM. 3 - MEMÓRIA (clique)
PGM. 4 - APRENDER A LER E A ESCREVER AOS 6 ANOS (clique)
PGM. 5 - APRENDER A LER E A ESCREVER COM MAIS DE 8 ANOS (clique)
PGM. 6 - ENSINAR A LER E A ESCREVER (clique)