segunda-feira, julho 01, 2019

Neurociência na educação infantil: o significado do ato de desenhar

Elvira Souza Lima 
Marcelo Guimarães Lima




Resumo

Neste artigo apresentamos uma possibilidade de utilização da neurociência para a reflexão sobre um componente curricular, o desenho. Situamos o desenho como capacidade que surge na evolução da espécie humana, discutimos a predisposição genética para o traçado dos elementos básicos do desenho (ponto, linha, reta, ângulos e círculo) e como, a partir daí, o traçado evolui na criança pequena com o despontar da narrativa visual nas idades da Educação Infantil e, finalmente, a intervenção educacional que permite o pleno desenvolvimento da narrativa visual na criança pequena.  Apontamos a relevância de a neurociência ser incluída na formação do educador para que a escola garanta tempo e contexto para que a criança possa exercitar continuamente o ato de desenhar, desenvolvendo a imaginação e formando memórias. Partindo da neurociência e a necessária intersecção desta com a antropologia, e considerando as artes e o sentido estético, foi elaborada uma base teórico-prática para desenvolver um currículo para a Educação Infantil, adequado ao desenvolvimento da criança pequena: Viver a Infância (LIMA, 2005).  Nele, o desenho se insere como prática diária, dada a sua potencialidade como sistema expressivo da espécie e por constituir a identidade da criança, além de sua participação na apropriação da escrita e sua utilidade na aquisição de conhecimentos escolares das diversas várias áreas. Integrada a esta proposta, há o currículo de formação continuada para o professor, incluindo neurociência e as dimensões antropológicas e semióticas da produção de desenhos. Os desenhos aqui apresentados foram realizados por crianças da Escola de Educação Infantil de Guarani, pela equipe de professoras sob a coordenação de Heliana Bellotti e docência das professoras da equipe1e da professora Fabiana Alfim, da Rede Municipal de São Paulo, em uma escola de periferia. Eles são exemplos claros do potencial das crianças pequenas para realizar complexas narrativas visuais, quando se opta por incluir a perspectiva da neurociência no currículo e na formação dos educadores.

http://www.fumec.br/revistas/paideia/article/view/7100

REVISTA PAIDÉIA
Paidéia, ano 13, n.20, janeiro/junho de 2019
ISSN 1676-9627 (Impressa)
ISSN 2316-9605 (On-line)
Universidade FUMEC
Faculdade de Ciências Humanas, Sociais e da Saúde.

Educação, memórias e funcionamento do cérebro Elvira Souza Lima - Revista Paidéia - FUMEC


Resumo

O avanço nas pesquisas do cérebro vivo em funcionamento, possível pela invenção de novos instrumentos de investigação não invasiva, tem trazido uma quantidade muito grande de informações que levantam pontos importantes para a educação formal de crianças, jovens e adultos. Importante destacar que vários conteúdos das pesquisas e teorização pelos neurocientistas não trazem novidades para a pedagogia, que já contempla há séculos várias práticas confirmadas hoje pela neurociência.  Por outro lado, é igualmente importante destacar que a neurociência revela e discute o funcionamento cerebral como um componente importante não somente para a aprendizagem dos alunos, como para a docência. Como exemplo, para abordar a relação simétrica que a neurociência tem com a pedagogia, discuto, neste artigo, a memória do professor a partir dos conhecimentos sobre a memória trazidos pela neurociência. Há muita produção sobre os processos de aprendizagem dos alunos, porém, apesar da relevância, pouco se estuda e pesquisa, ainda, como o cérebro se organiza para ensinar os conhecimentos formais.

ler / baixar:
http://www.fumec.br/revistas/paideia/article/view/7099

REVISTA PAIDÉIA
Paidéia, ano 13, n.20, janeiro/junho de 2019
ISSN 1676-9627 (Impressa)
ISSN 2316-9605 (On-line)
Universidade FUMEC
Faculdade de Ciências Humanas, Sociais e da Saúde.


Elvira Souza Lima - Literacy as a Human Right



Elvira Souza Lima - Literacy as a Human Right: Literacy Practices in Brazil
in
 Taylor, Denny (editor) - Many Families, Many Literacies
Portsmouth, NH, 1997

  
read / leia aqui:  Mind Brain Culture