ELVIRA SOUZA LIMA
São várias as questões que serão levantadas na
educação escolar a partir do aparecimento e expansão do coronavírus e a pandemia que se instalou com ele. Estas questões
atingirão tanto o grupo de alunos como a equipe gestora e os professores. Novas
demandas surgirão, com certeza.
Podemos pensar em curto e médio prazos.
No curto prazo, o aspecto mais discutido á a
utilização da educação à distância em substituição ao ensino presencial. E é
natural que assim seja e que este tema seja tão discutido, uma vez que não há
disponível um conhecimento pedagógico formulado e desenvolvido para o ensino à
distância em tempo integral da carga horária, da Educação Infantil ao Ensino
Médio.
Em segundo plano, surgem e surgirão com mais ênfase
as questões do conteúdo curricular e da avaliação.
Mas o que o futuro imediato nos reserva?
No médio prazo seremos chamados a equacionar os
valores e comportamentos sociais os quais, a partir da epidemia, precisaremos
nos ocupar na escola, em todos os graus.
Nesta situação é legítimo propor um currículo
emergencial que propicie de imediato as respostas aos desafios práticos do
momento que, por sua vez, estão intimamente relacionados aos desafios civilizatórios
colocados pela presença do novo vírus e suas consequências na vida de todos em
todo o planeta.
O essencial de um currículo emergencial neste
contexto é reestruturar e ampliar as ações educativas que promovam a
humanização das novas gerações ao mesmo tempo em que ampliem os conhecimentos
dos educadores.
Propomos, assim, apresentar e discutir os
componentes principais de um currículo emergencial que atenda ao
desenvolvimento humano e à vida social em um momento excepcional de novos desafios para as gerações atuais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário