Elvira Souza Lima
Apresentação:
Leitores de telas
por Rosangela Guerra
Leitores de telas
por Rosangela Guerra
Por volta das 19 horas, eles chegam à faculdade, muitos com o fone do Ipod no ouvido. Entram no laboratório de informática para a aula que se estende até as 22h35min, com um breve intervalo de 20 minutos entre o primeiro e o segundo tempo.
Nem sempre o frescor da juventude consegue apagar as marcas das urgências do dia em que quase tudo “é para ontem”. Muitos trabalham como operadores de telemarketing. Eles contam que, para executar o serviço, abrem em média cerca de cinco telas de computador para atender a cada cliente, que não raro têm reclamações de sobra para fazer. “Pois não, senhora!”, dizem automaticamente, já sabendo que as ligações são gravadas.
O fato de cursarem a faculdade é motivo de orgulho. Afinal, são os primeiros de suas famílias a chegarem ao Ensino Superior. Navegantes do espaço virtual, frequentam diversas comunidades, publicam suas opiniões em blogs e exercem a síntese nos 140 caracteres do Twitter. Fazem tudo isso ao mesmo tempo e, muitas vezes, durante as aulas.
Essa atenção dispersa entre aqui e ali é considerada uma habilidade natural da juventude de hoje. Mas será que os neurônios aguentam esse jeito de viver? A educadora e pesquisadora em neurociência Elvira Souza Lima, entrevistada nesta edição, responde que, muito provavelmente, esta não é a forma necessária para a aprendizagem dos conhecimentos escolares.
Uma conversa com Elvira sobre neurociência e educação pode ir longe, para proveito dos professores. Por esse motivo, convidamos a pesquisadora para escrever uma série de artigos sobre o tema, que passará a ser publicada em Presença Pedagógica.
Nem sempre o frescor da juventude consegue apagar as marcas das urgências do dia em que quase tudo “é para ontem”. Muitos trabalham como operadores de telemarketing. Eles contam que, para executar o serviço, abrem em média cerca de cinco telas de computador para atender a cada cliente, que não raro têm reclamações de sobra para fazer. “Pois não, senhora!”, dizem automaticamente, já sabendo que as ligações são gravadas.
O fato de cursarem a faculdade é motivo de orgulho. Afinal, são os primeiros de suas famílias a chegarem ao Ensino Superior. Navegantes do espaço virtual, frequentam diversas comunidades, publicam suas opiniões em blogs e exercem a síntese nos 140 caracteres do Twitter. Fazem tudo isso ao mesmo tempo e, muitas vezes, durante as aulas.
Essa atenção dispersa entre aqui e ali é considerada uma habilidade natural da juventude de hoje. Mas será que os neurônios aguentam esse jeito de viver? A educadora e pesquisadora em neurociência Elvira Souza Lima, entrevistada nesta edição, responde que, muito provavelmente, esta não é a forma necessária para a aprendizagem dos conhecimentos escolares.
Uma conversa com Elvira sobre neurociência e educação pode ir longe, para proveito dos professores. Por esse motivo, convidamos a pesquisadora para escrever uma série de artigos sobre o tema, que passará a ser publicada em Presença Pedagógica.
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